quinta-feira, 18 de agosto de 2011

A importância do equilíbrio

Em nosso primeiro artigo, começamos a tratar do tema “Desenvolvimento de carreira sustentável” e, logo, percebemos que a questão mais abordada foi a da importância da busca pelo equilíbrio.

Procurar viver todas as áreas da vida com harmonia, ao invés de dedicar-se excessivamente ao trabalho em detrimento de sua vida pessoal (ou vice-e-versa), parece ser o “x” da questão.



Resolvemos, nesse artigo, trazer para vocês as possíveis consequências de uma vida em desequilíbrio, e colocar de forma prática os males que você poderá evitar caso vá em busca de uma carreira sustentável. São sintomas cada vez mais frequentes na nossa sociedade e é importante que sejam sempre colocados em discussão, para que possamos nos prevenir e combatê-los!

A Síndrome de Burnout

O termo "Burnout" pode ser traduzido como "Combustão Completa”. É um esgotamento do indivíduo, normalmente causado pela cronificação do estresse, no trabalho. São muitos os sintomas possíveis, entre eles podemos citar:

  •          Sensação de esgotamento físico e emocional;
  •          Baixo rendimento;
  •          Agressividade;
  •          Isolamento;
  •          Insatisfação intensa;
  •          Lapsos de memória;
  •          Dificuldade de concentração;
  •          Falta de paciência com os colegas de trabalho; entre outros.

O diagnóstico não é fácil, pois esses sintomas podem se confundir com os da depressão, da ansiedade e com o próprio estresse do dia-a-dia, por exemplo. Sendo detectado, o tratamento indicado é o de psicoterapia e acompanhamento médico, como também atividades físicas e alimentação saudável.

Em suma, o todo tem que ser cuidado, o estilo de vida tem de ser revisto! É, também, essencial a ajuda e apoio da família, dos amigos e das pessoas do trabalho.

Ruy Marra, sócio fundador da Superar Consultoria, recordista mundial de vôos duplos, destaca um trecho do seu livro Decolando para a Felicidade” no qual apresenta a síndrome da seguinte forma: “Aquele foi um período de exaustão constante e intensa. Sentia taquicardia, desmotivação,  tinha insônia e falta de apetite. Mas eu não podia parar, porque a companhia dependia do meu trabalho e, de certa maneira, isso me envaidecia”.


Ruy Marra frisou que o Burnout pode ser desencadeado pela exposição a um evento ou eventos estressantes de forma prolongada, nos quais será produzida uma cascata de reações físico-químicas e hormonais. Colocou que a insatisfação no ambiente profissional e pessoal, e a ausência de novas perspectivas poderão contribuir para o desenvolvimento da síndrome. Além disso, ele frisa que indivíduos com baixa reserva emocional poderão sucumbir com maior facilidade ao contrário daqueles que possuem maior resistência ao estresse. “O estresse faz parte da vida. E muitas vezes ele é até importante pra gente reagir aos contratempos do cotidiano. Mas, temos que nos policiar e procurar amenizar os efeitos dele no nosso corpo”.

O que gera o Burnout, muitas vezes, é a falta de conexão consigo. É não viver no presente, estar no automático! O equilíbrio entre as áreas da vida, o equilíbrio emocional e o autoconhecimento podem ser as chaves que te deixarão longe desse transtorno.

Por exemplo, em 2009, de acordo com o site  http://rhbeneficios.com.br, essa síndrome foi a terceira maior causa de afastamento de profissionais. Mais que à organização, cabe a você se analisar a fim de se prevenir do Burnout!

Fuga em vícios

Uma alteração comportamental que pode surgir devido ao desequilíbrio do indivíduo é o aumento do consumo de café, álcool, cigarros, remédios, entre outros. Esses vícios funcionam como fugas, como compensadores, capazes de trazer um prazer imediato para a pessoa, porém, destrutivo.

Os efeitos dessas drogas são os mais variados. O álcool pode deixar a pessoa indisposta, cansada, com dificuldades em se concentrar. O abuso dos cigarros pode levar às pessoas irritação e ansiedade, por não poderem fumar dentro do ambiente de trabalho, sem contar com o que diversas pesquisas já comprovaram – aumento dos casos de câncer, impotência sexual, tosse típica, e muitos outros. O abuso de remédios, por sua vez (por exemplo, antidepressivos, ansiolíticos, anfetaminas) pode ocasionar letargia física e mental, oscilações significantes de peso e perda do interesse e desempenho sexual. Além disso, todos esses vícios podem levar a pessoa a ter problemas sérios em seus relacionamentos.

Todos esses efeitos já são, na verdade, conhecidos de todos e de certa forma banalizados. Então, mais interessante que mencioná-los, seria focar nos aspectos positivos de uma vida sem vícios: mais saúde, mais disposição, mais vínculos sociais harmônicos, etc.

Nesses casos, consideramos, mais uma vez, importantíssimo se conhecer. Como a consultora ARTIGO a Amanda Figueira mesma disse em nosso último artigo, é imprescindível o desenvolvimento dos 4 a’s pelo sujeito (autoconhecimento, autoconfiança, autoestima e autogestão).

Se conhecendo, estando em equilíbrio e em conexão consigo, com sua verdadeira essência, torna-se mais provável que você fique longe desses sabotadores, que são extremamente paradoxais: da mesma forma que suprem um vazio e dão prazer, eles também te atrapalham e te destroem.

Portanto, cuide-se, perceba-se e não deixe nunca de lutar por uma vida equilibrada!


Este artigo contou com a participação de: Ruy Marra, sócio fundador da Superar Consultoria, recordista mundial de vôos duplos, bi-campeão brasileiro de parapente. Formação em Biopsicologia, certificação internacional em Coaching pelo InCoaching, atua como Coach esportivo e é autor do livro “Decolando para a Felicidade” – ed. Rocco.

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